Na última semana, a empresa responsável pela controladoria do Facebook, Meta, anunciou que mais de 1500 contas foram desativadas, já que eram vinculadas a empresas acusadas de espionar ativistas, dissidentes e jornalistas em todo o mundo.
As contas suspensas mostram vínculo com sete empresas cujos serviços vão desde o armazenamento de informações públicas ao uso de perfis falsos que manipulam vítimas para conquistar sua confiança, sem contar a espionagem digital através de ataques de hackers.
A Meta alertou aproximadamente 50000 pessoas que poderiam ser alvos de espionagem em mais de 100 países, incluindo partes sediadas em Israel, líder na indústria de vigilância cibernética.
“Os cibermercenários frequentemente afirmam que seus serviços visam apenas criminosos e terroristas”, de acordo com um comunicado da Meta. No entanto, “os alvos são de fato indiscriminados e incluem jornalistas, dissidentes e críticos de regimes autoritários, famílias, membros da oposição e ativistas de direitos humanos”, mostra o texto.
Companhias responsáveis por vender “serviços de inteligência na web” geralmente iniciam um processo de vigilância que coleta informações disponíveis através de fontes públicas, como artigos em jornais, por exemplo. Dessa forma, cibermercenários criam contas falsas em diversas redes sociais para coletar informações dos perfis, além de participar de conversas e grupos para aprenderem mais sobre seus alvos, segundo pesquisadores da Meta.