Na última segunda-feira (2), o Google anunciou os novos celulares Pixel 6 e Pixel 6 Pro. O que surpreendeu o mercado é que os celulares contarão com um chip de fabricação própria — o SoC Tensor, antes conhecido pelo codinome Whitechapel. O atual nome faz referência às unidades de processamento de tensor, TPU, usadas pelo Google em data centers.
Esse chip tem uma TPU móvel destinada a operações com inteligência artificial e um chip Titan M2 para segurança. O Tensor reúne, também, componentes como processador, unidade de gráficos e modem 5G. Na divulgação do novo dispositivo, o Google mostrou que o chip usa aprendizado de máquina para melhorar o desempenho do aparelho e é “muito competitivo”, em relação ao que as pessoas procuram. A estratégia usada pela companhia segue os mesmos passos da Apple, que também utiliza chips de fabricação própria nos famosos iPhones.
O que torna o Tensor tão diferenciado?
Focada em alcançar resultados acima da meta, a Google investiu na inteligência artificial para que o chip atinja funções diferenciadas. Por exemplo, o Tensor consegue recuperar uma foto borrada por estar em movimento e a torna mais nítida. Os celulares Pixel 6 e Pixel 6 Pro terão novos conjuntos de câmeras, mas, com isso, fica claro que parte dos avanços obtidos em fotografia e filmagens virão do Tensor.
Outra frente destacada pela companhia aos sites do exterior foram os recursos relacionados com áudio e fala como reconhecimento de voz ou a possibilidade de ditar palavras para serem escritas quase que instantaneamente. Ainda tem a tradução em tempo real de um vídeo do francês para o inglês, por exemplo. E as inovações não param. Graças ao chip, o Pixel 6 será capaz, também, de gravar um vídeo usando duas câmeras, simultaneamente. A principal terá exposição normal e a grande angular terá uma velocidade mais rápida de obturador.
Fica claro que o Google pretende otimizar tudo aquilo que era visto como impossível de ser realizado com chips de terceiros. O Google Tensor chegou para substituir as soluções da família Snapdragon e promete entregar uma experiência muito mais integrada. Mais informações e detalhes sobre os novos celulares e seu chip serão publicadas nos próximos meses. A promessa do Google é de um telefone “mais útil do que nunca”.
