Nesta terça-feira, (2), a rádio Ekho Moskyy foi derrubada pelo governo russo ao publicar informações sobre a Ucrânia. O órgão responsável pelo regulamento da mídia russa acusou mais de 10 veículos jornalísticos de escreverem “falsamente” sobre a invasão da Ucrânia, conhecida por eles como operações militares especiais.
Para contornar esse controle sobre as informações que chegam até o país, a população utiliza aplicativos com avaliação de restaurantes para comunicar o que está acontecendo em território ucraniano. Plataformas como o Google Maps e o Afisha são grandes exemplos.
No Afisha podemos encontrar avaliações dizendo “o emprego de tropas na Ucrânia é uma guerra, não uma operação militar especial, os militares russos estão matando crianças e civis”. Um outro escreveu: “O lugar era simpático, no entanto, Putin estragou o clima ao invadir a Ucrânia. Levantem-se contra o ditador de vocês, parem de matar inocentes, o governo de vocês está mentindo para vocês”.
O governo russo não assume a palavra invasão e reforça que o ataque militar não é para ocupar território e, sim, para capturar nacionalistas perigosos e destruir capacidades militares na Ucrânia. A vantagem dos aplicativos é que as avaliações são feitas em anônimo, sem a possibilidade de encontrar os autores.
Sergei Sobyanin, o prefeito de Moscou, disse que internautas estavam fazendo um ataque psicológico de informações. Segundo ele, a maioria dos textos é feito por robôs. “Por favor, não caiam nas provocações, eles estão fixados em torpedear a governança da cidade e criar uma atmosfera de caos, eles tentam nos dividir”, afirmou Sobyanin.