[Texto originalmente publicado no LinkedIn por Monique Rodrigues, Analista de Marketing da Truppe]
Comemoramos em 11 de fevereiro o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. A data criada pela Assembleia das Nações Unidas em 2015 tem o objetivo de celebrar e destacar as contribuições realizadas pelas mulheres para a ciência, diminuir o preconceito contra as mulheres e incentivar a igualdade de gênero no setor de pesquisa e inovação.
São várias as bandeiras que precisam ser discutidas, entre elas a garantia de equidade no acesso à educação e às oportunidades nas áreas de tecnologia, ciência, engenharia e matemática. Para celebrar esse mês tão importante, escolhi três histórias de mulheres cientistas que mais se destacaram na ciência e que tiveram contribuições importantíssimas para a sociedade.
Ada Lovelace
Considerada a primeira programadora de computadores do mundo da história, a matemática britânica, nascida no século XIX, teve como sua maior conquista desenvolver o primeiro algoritmo processado por máquina. Ela é reconhecida como a precursora do sistema informático.
Seu interesse pela ciência iniciou com o incentivo dado pela mãe para estudar matemática e, anos depois, trabalhou em conjunto a com Charles Babbage, matemático britânica que inventou a máquina analítica. Em 1843, Ava Lovelace desenvolveu um conjunto de notas explicativas que incluía um algoritmo para a máquina de seu colega de pesquisa processar os Números de Bernoulli, sendo a primeira a conquistar esse feito.
Marie Curie
Talvez uma das cientistas mais conhecidas em todo o mundo, a física e química Marie Curie se destacou pelos seus estudos na radiação ao descobrir o rádio e o polônio. Esses achados permitiram o desenvolvimento da ciência nuclear moderna como conhecemos hoje. Seu trabalho foi aplicado em tecnologias utilizadas até hoje no tratamento contra o câncer, como a radioterapia.
Foi a primeira a mulher a ganhar um Prêmio Nobel. Em 1903, ao lado de seu marido Pierre Curie e Henri Becquerel, venceu a categoria de Física pela descoberta da radioatividade. Outro feito único foi a conquista do Prêmio Nobel de Química em 1911 pelas pesquisas dos elementos polônio e rádio. Ela é a única pessoa a receber dois prêmios em categorias diferentes.
Rosalind Franklin
A química e cristalógrafa é reconhecida atualmente por sua grande contribuição para a compreensão da estrutura molecular do DNA. Por meio da técnica de difração de raios-X, Rosalind fez imagens do DNA que destacou a estrutura de hélice dupla do DNA. Essa descoberta foi a base da pesquisa de James Watson, Maurice Wilkins e Francis Crick, que anos depois propuseram a estrutura do DNA como conhecemos hoje.
Os três venceram o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina pela descoberta e 1962, mas Rosalind faleceu em 1958 e não recebeu o reconhecimento por sua importante contribuição ao tema em vida.
Historicamente, o acesso aos estudos e especialmente à educação formal era exclusividade dos homens e as mulheres que buscavam furar essa bolha, com certeza, foram disruptivas, o que tornam essas conquistas ainda mais impressionantes. É difícil imaginar um mundo onde todas essas descobertas não existam e elas só são possíveis porque diariamente uma série de mulheres enfrentam os desafios de uma sociedade que continua a oferecer resistência para que as profissionais femininas se destaquem em diversas áreas.