Mulheres no mercado da tecnologia: equidade de gênero é um desafio a ser enfrentado

Mulheres no mercado da tecnologia: equidade de gênero é um desafio a ser enfrentado

[Texto originalmente publicado no LinkedIn por Cristiane Uemura Pimenta, Tech Recruiter da Truppe]

O mercado de trabalho evoluiu bastante quando o assunto é a inclusão de mulheres. Entretanto, ainda há uma disparidade nas oportunidades, especialmente em áreas e funções que possuem historicamente uma predominância masculina, como a tecnologia. Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), destacado pela CNN Brasil no ano passado, por exemplo, demonstrou que entre 2015 e 2022 houve um aumento de 60% de mulheres na área.

Porém, apesar do crescimento significativo da parcela feminina no segmento, a participação ainda é muito abaixo do público masculino. A pesquisa Women in Technology da PageGroup com a Hub.leaders apontou que, em 2021, apenas 20% dos cargos em tecnologia eram ocupados por mulheres. Neste cenário, tanto as empresas do setor quanto as profissionais têm muitos obstáculos para serem ultrapassados.

Nos últimos anos, a equidade de gênero no mercado de trabalho é um assunto que ganhou força e igualar o número de profissionais de todos os gêneros, assim como fazer a equiparação salarial, virou meta em muitas companhias, trazendo para as mulheres o reconhecimento merecido. Não é uma tarefa fácil e nem todas as empresas estão de fato seguindo esse caminho. Desta forma, é um novo desafio para os tech recruiters alinhar os talentos femininos às vagas disponíveis.

Mesmo com o aumento da procura desse público pelos cursos superiores e técnicos na área da tecnologia, ainda há uma predominância masculina. São muitas as barreiras que precisam ser enfrentadas por essas profissionais: preconceito de gênero, falta de representatividade, disparidade salarial e outras. Para mudar essa realidade, cabe aos caçadores de talentos buscarem no mercado de trabalho as mulheres interessadas em construir uma carreira de sucesso no segmento. Cada profissional feminina que se destaca na área tecnológica é um incentivo a mais para que outras mulheres se inspirem a trilhar o mesmo caminho.

A abertura de espaço em ambientes majoritariamente masculinos sempre esteve presente na nossa sociedade. São inúmeros os exemplos de mulheres que abriram portas nessas profissões: Tabitha Babbitt inventou ferramentas, como serra circular e cortadores de pregos no século XVIII; Hertha Ayrton foi uma grande inventora no século XIX patenteando mais de 26 criações entre elas lâmpadas de eletrodos; Irène Joliot-Curie ganhou em 1935 o Prêmio Nobel de Química por descobrir a radioatividade artificial e Ada Lovelace foi a responsável pela escrita do primeiro algoritmo de computador da história ainda no século XIX.

Essas são apenas algumas histórias que mostram não apenas a capacidade feminina de contribuir ativamente para a sociedade, mas também reforçam a importância da diversidade no mercado de trabalho. Uma equipe de trabalho diversa é também mais criativa, inovadora e colaborativa. Especialmente na área de tecnologia, que está diretamente ligada à inovação, esse olhar deve ser refletido também para a gestão de pessoas, além do desenvolvimento de novos produtos e serviços. Os números não mentem e mostram que já avançamos, mas ainda há um grande caminho a ser trilhado para que as mulheres estejam realmente representadas na tecnologia e é nosso papel transformar esse panorama dia a dia.

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