Nos últimos meses, vimos aqui na Truppe que o Facebook anunciou um investimento de US$50 milhões para a construção do seu próprio metaverso, enquanto a Epic Games, desenvolvedora do Fortnite, levantou US$1 bilhão para financiar o seu próprio.
Assim, já é possível notar que o “metaverso” é algo que tem mobilizado e chamado a atenção de gigantes da tecnologia. Mas, o que exatamente é isso? Antes de tudo, é preciso destacar que o conceito ainda está sendo desenvolvido. Isso faz com que não haja uma definição exata do que se trata o metaverso.
Porém, segundo especialistas, ele é o futuro da internet e da tecnologia de realidade virtual. Isso porque, ao invés de estar restrito ao computador, o metaverso levará os usuários a um universo virtual mais amplo, conectando-os com todo tipo de ambiente virtual.
Além disso, enquanto a realidade virtual é usada praticamente apenas na área dos games, o metaverso pode ganhar grande aplicação em áreas como shows, filmes, trabalho ou até um espaço para relaxar. Na visão de alguns especialistas, seria como a criação de um “mundo paralelo” no qual os usuários teriam um avatar 3D como representante.
Esta última definição mostra o porquê de as empresas estarem finalmente apostando no metaverso. Acredita-se que, apenas agora, a tecnologia e a conectividade estejam em um estágio de avanço suficiente para este passo em relação à realidade virtual. E o Facebook tem investido bastante, tornando a construção do seu próprio metaverso uma das suas grandes prioridades. Há alguns anos a empresa de Mark Zuckerberg investe na realidade virtual, chegando a lançar seu próprio headset, o Oculus, que hoje é vendido por um preço menor que o de seus concorrentes.
A rede social também tem trabalhado em aplicativos de realidade virtual, conhecido como “social hangouts”, que contam, inclusive, com interações com o mundo real. Um dos grandes responsáveis pelo investimento maciço nesta tecnologia é o Fortnite. Recentemente, diversos cantores tem realizado shows dentro do jogo, como Ariana Grande e Travis Scott. O rapper contou com um público simultâneo de 12,3 milhões de pessoas.
Estes números chamaram a atenção e fizeram com que as empresas olhassem com outros olhos para o metaverso. E por falar de empresas, não estão inclusas apenas desenvolvedoras de jogos e redes sociais.
Isso porque, segundo Tim Sweeney, CEO da Epic Games, este é um mundo de possibilidades. Test-drive de veículos e até provas de roupas podem ser feitas usando a tecnologia.
Ainda há, porém, um longo caminho a ser percorrido para que esta tecnologia conquiste a todos. Isso porque ainda é preciso torná-la mais barata e abrangente. Apesar de o 5G estar disponível em muitos países, em outros, como o Brasil, ele ainda não chegou. Apesar disso, já é possível dizer que a evolução do metaverso vai ser uma disputa entre as principais empresas de tecnologia por alguns anos.