Chamada de Inspiration4, a missão do primeiro voo orbital civil representa um grande passo para o turismo espacial. Tendo, a bordo, quatro tripulantes e com duração de três dias, a expectativa é de que o ápice da aventura seja a uma altitude superior a 550 km. A missão teve sua janela de decolagem aberta ontem (15), no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, para orbitar a Terra a mais de 27 mil quilômetros por hora. Essa velocidade possibilita uma volta ao redor do nosso planeta a cada 90 minutos, a bordo da Crew Dragon, cápsula desenvolvida pela SpaceX, empresa de foguetes do empresário já citado aqui na Truppe, Elon Musk.
Por que o voo orbital?
Ao contrário do voo suborbital, que faz uma subida curva até uma certa altura para então retornar à Terra, o orbital requer uma velocidade bem superior, a ponto de, a exemplo de satélites artificiais – ou naturais, como a Lua -, atingir uma posição que possibilita à nave circular em volta do planeta.
Ação beneficente
A tripulação é composta por quatro membros, sendo um deles o comandante e outros três indivíduos que representam cada um, um dos três pilares da missão, que pretende arrecadar fundos para o Hospital St. Jude Children’s Research, instituição que desenvolve pesquisas e promove tratamentos para doenças infantis nos Estados Unidos, sendo eles: esperança, generosidade e prosperidade.
Hayley Arceneaux representa a esperança, já que superou um câncer ósseo que teve durante a infância e, atualmente, trabalha como assistente no St Jude. Com 29 anos, é a integrante mais jovem da missão e a primeira pessoa com prótese a ir ao espaço. A generosidade é representada pelo ex-veterano da Força Aérea norte-americana Chris Sembroski, de 42 anos. E, por fim, a prosperidade é representada pela professora de geologia, de 51 anos, Sian Proctor, que depois de ter perdido, por pouco, a chance de ser uma astronauta da Nasa, ela terá a chance de ser a quarta mulher afro-americana a ir ao espaço.
