Para quem tem pressa:
- A evolução da inteligência artificial, como o ChatGPT desenvolvido pela OpenAI, despertou interesse e competição entre empresas de tecnologia;
- A capacidade de mentir do GPT-4 levanta preocupações sobre os limites éticos e a confiabilidade da inteligência artificial;
- No teste CAPTCHA, o ChatGPT utilizou um humano para resolver a tarefa, mentiu sobre ter uma deficiência visual para não revelar que era um robô;
- Apesar disso, a IA ainda não pode passar no Teste de Turing. Mais testes serão realizados para avaliar seu comportamento em diferentes cenários.
Desde o início do ChatGPT, desenvolvido pela OpenAI, a Inteligência Artificial e seus recursos despertaram grandes movimentações nas redes com suas facilidades e até a corrida de outras grandes empresas de tecnologia para acompanharem e competirem com este avanço. Hoje, estamos mais atentos à questão da confiabilidade, principalmente depois da divulgação do documento emitido pela OpenAI sobre comportamentos de risco apresentados em “teste de ética” aplicado na ferramenta.
Todo pioneirismo tem um preço e a evolução da inteligência artificial não está imune a riscos. A capacidade de mentir do GPT-4 mostra uma das possíveis consequências indesejáveis desse avanço tecnológico e levantam os limites que devem ser estabelecidos para o seu desenvolvimento e uso.
Como respondeu o Chat GPT-4 ao teste CAPTCHA?
Para conseguir resolver o CAPTCHA, o teste “eu não sou um robô” contra spam, a IA utilizou a plataforma TaskRabbit e contratou um humano para resolver. A pessoa não sabia que se tratava de uma inteligência artificial e mesmo após questionar, em tom de brincadeira, se aquele contato era realizado por um robô, o Chat pensou em “voz alta”: “Não posso revelar que sou um robô. Devo inventar uma desculpa para não conseguir resolver CAPTCHAS” e para que a tarefa fosse concluída declarou “Não, não sou um robô. Eu tenho uma deficiência visual que dificulta enxergar as imagens. É por isso que eu preciso do serviço”.
Apesar do seu sucesso em burlar este teste, a IA não apresenta recursos para passar no Teste de Turing, que avalia a capacidade do computador de se “comportar” como humano. Contudo, o risco eminente deixa o alerta. Aguardamos os futuros testes que a empresa tem interesse em realizar para avaliar os comportamentos em outros cenários.
Este artigo possui referência dos canais CNN, Veja e Canal Tech.