[Texto originalmente publicado no LinkedIn por Renata von Anckën, Vice-Presidente da Truppe]
O assunto parece batido e até ultrapassado, mas em conversa recente com um cliente, voltamos ao debate: vale a pena terceirizar ou é melhor fazer tudo dentro de casa?
Embora haja opiniões distintas, fato é que o outsourcing, terceirização de algumas tarefas de uma organização para uma empresa externa, está em crescimento. Uma pesquisa da consultoria Coherent Market Insights apontou que este mercado deverá crescer anualmente cerca de 11,7% entre 2023 e 2030, chegando à marca de 11,17 bilhão de dólares ao fim do período. Esses números demonstram que, cada vez mais, os gestores entendem que delegar algumas atividades específicas para fornecedores externos pode trazer vantagens competitivas para o negócio, entre elas:
· Melhor gestão de tempo e de talentos;
· Mais eficiência e qualidade nos serviços;
· Redução de custos;
· Flexibilidade e escalabilidade.
A terceirização de serviços é muito bem explorada em áreas como segurança, serviços de limpeza e telemarketing; mas vem ganhando cada vez mais força em setores, que antes eram mais internalizados, como: recrutamento, seleção e contratação de novos colaboradores, compras e contratações, tecnologia da informação, marketing, contabilidade e outros. O modelo de atuação possibilita, principalmente, que a gestão dedique um tempo maior para a definição de temas estratégicos e direcione energia para as atividades que são foco do negócio, enquanto outras funções mais burocráticas, administrativas e operacionais são realizadas por empresas especializadas.
Com o outsourcing, as empresas buscam não só otimizar as demandas internas, mas também ganhar produtividade e qualidade nessas tarefas ao apostar em organizações que possuem uma equipe de profissionais especialistas em cada tipo de serviço. E não é por acaso: existe um alto nível de conhecimento e eficiência operacional na prestação de serviços terceirizados. Essa combinação é muito positiva, pois, desta forma, há uma maior agilidade na execução das tarefas e na excelência dos serviços entregues. Na área de tecnologia, por exemplo, o Tech Recruitment é uma demanda muito comumente terceirizada, pois exige um conhecimento bastante específico do mercado de TI.
Além disso, a terceirização costuma gerar menos custos operacionais do que internalizar diversas funções. Isso porque as empresas não precisarão fazer investimentos, por exemplo, em treinamento, contratação de pessoal e, muitas vezes, em infraestrutura para a realização das atividades. Outro ponto importante é que o outsourcing permite que os gestores tenham uma previsibilidade clara dos custos da operação, já que os contratos costumam ter valores fixos e mesmo as variações costumam ser pré-determinadas e conhecidas.
Outra vantagem competitiva do outsourcing é a possibilidade de flexibilidade e escalabilidade das tarefas terceirizadas. Com contratos deste formato, os gestores conseguem adaptar sua operação de acordo com as demandas do negócio, expandindo ou diminuindo o escopo do trabalho, conforme necessário. Tudo isso com custos já determinados pelos contratos, que, normalmente, trazem uma certa flexibilidade, justamente por essa característica volátil das demandas.
Certamente, para se tomar a decisão pela terceirização ou internalização de determinadas funções, as empresas precisam priorizar as atividades core de seus negócios, analisar o panorama do mercado, avaliar se possuem expertise para as atividades que pensam em terceirizar e entender os custos operacionais. Por fim, mas não menos importante, para que todas essas vantagens sejam de fatos reais, é indispensável escolher parceiros confiáveis para a prestação dos serviços.